AB SESIMBRA

Existimos para glorificar a Deus, fazendo discípulos de Jesus Cristo de todas as Nações, até que Ele volte.

domingo, novembro 13, 2005

Fortaleza com chuva, a história se repete!

DISCURSO PROFERIDO PELO PR. ANTONIO RODOLPHO NA FORTALEZA DE SESIMBRA, POR OCASIÃO DA COMEMORAÇÃO DO 75º ANIVERSÁRIO DA IGREJA EVANGÉLICA ACÇÃO BÍBLICA EM SESIMBRA, EM 13 DE NOVEMBRO DE 2005.


Prezados Senhores e Senhoras,

Hoje é dia de festa, de comemoração, de alegria. Somos gratos a Deus pelos 75 anos de existência. Somos gratos a Deus pela vida de cada um de vocês! Contudo, esta é também uma óptima oportunidade para pensarmos e repensarmos algumas coisas importantes.

Afinal, por que existimos enquanto Igreja em Sesimbra? Qual a nossa função nesta comunidade?

Creio como o autor do livro Vivendo com Propósitos, Ed René Kivitz, que, no último dia de nossas vidas, passaremos pelo tribunal da consciência, em que nós mesmos julgaremos a vida que tivemos. Seremos ao mesmo tempo réus e juízes. Naquele dia, deveremos estabelecer o veredicto a respeito do sentido da vida e concluir se valeu ou não a pena viver. Naquele dia, não fará a menor diferença a casa onde moramos, o carro que conduzimos, as vezes que visitamos outros países, os diplomas que penduramos na parede, o número de romances que tivemos ou as roupas que vestimos. Acredita o autor citado que estaremos diante de quatro perguntas, cada uma delas ligadas aos propósitos pelos quais deveríamos ter vivido. São elas:

* Onde está Deus?
* Que tipo de pessoa eu me tornei?
* Onde estão as pessoas que eu amo e que me amam?
* Qual foi a minha contribuição para o bem da raça humana?

Assim, penso que a razão de existir da nossa Igreja passa por ajudar cada ser humano, em Sesimbra e além, a começar a responder a estas perguntas desde já.

Vivemos numa época muito diferente de 75 anos atrás quando nos instalamos em Sesimbra. A sociedade mudou. A mentalidade é muito diferente hoje.

Num mundo cada vez menor, globalizado, com informações instantâneas, vemos toda a sua complexidade, toda a incerteza e a insegurança que reinam em todo lugar. Vemos também que o ser humano está sem esperança, as ideologias ruíram, a religião decepcionou, os líderes não têm todas as respostas, nem todas as soluções.

A ONU fixou no ano 2000 as metas do milénio, para que até 2015 os principais problemas da humanidade fossem reduzidos à metade, como a pobreza, a mortalidade infantil, a sida e etc. Numa avaliação feita agora em 2005, verificou-se que o desafio está ainda maior, e que dificilmente aquelas metas serão alcançadas!

Neste contexto de dificuldades generalizadas, cada um procura apenas o seu próprio interesse, ou seja, em geral somos cada vez mais individualistas. O “eu” substituiu o “nós”. Os vínculos são frágeis, os compromissos evitados. Cada um tem a sua própria verdade. Diluíram-se os valores e os referenciais!

Todavia, neste vale tudo, ninguém sabe para onde correr, em que ou em quem acreditar, onde apoiar-se. Há um grande interesse das pessoas pelo que é espiritual, há uma sede de Deus, mas não há mais interesse ou confiança na religião institucionalizada, seja ela qual for, pois esta não se comunica mais com o coração do povo. A religiosidade substituiu o relacionamento com Deus. Por estas e por outras razões a Europa vive a chamada era pós-cristã, com o declínio acentuado do cristianismo em todos os países do seu lado ocidental.

As palavras de Francis Fukuyama denunciam a vida angustiante na Terra onde todos os sonhos já foram sonhados e todas as causas já foram lutadas. Por isso, o ser humano actual sente que foi “gasto” pela experiência da história. Ele sabe que não vale a pena arriscar a vida por uma causa, pois reconhece que a história está repleta de batalhas inúteis.

Pessoas de peito vazio. Satisfeitas com segurança física e riqueza material e vazias de sonhos, indiferentes às causas, sem paixões, incrédulas com relação a tudo, amigas da superficialidade. A doença que hoje mais se alastra é a falta de paixão pela verdade. A doença não é apenas a falta de sentido na vida, mas a falta de vontade de encontrar um sentido, a falta de esperança de encontrar um sentido, o cinismo a respeito de qualquer sentido.

A ideia de que tudo quanto você precisa para ser feliz está dentro de você é um engano humanista, pois quem pretende encontrar sentido apenas em si mesmo vai decepcionar-se, ao desconsiderar o universo criado, a realidade do outro e o mistério de Deus.

Portanto, o ser humano mais do que nunca necessita de ser resgatado à sua dignidade, levantar-se de onde caiu e desde já começar a dar respostas àquelas 4 perguntas fundamentais a qualquer pessoa, as quais repito:

* Onde está Deus?
* Que tipo de pessoa eu me tornei?
* Onde estão as pessoas que eu amo e que me amam?
* Qual foi a minha contribuição para o bem da raça humana?


O papel da nossa igreja então é o de ajudar as pessoas a pensar no assunto e a encontrar as suas próprias respostas. Acreditamos que para que sejamos plenamente humanos, devemos nos render à nossa natureza. Devemos concretizar as finalidades nela embutidas. Estamos destinados a expressar o divino, a reflectir o divino, a representar o divino, a manifestar o divino em todo o Universo.

A Bíblia ensina que fomos criados segundo a imagem de Deus – a imago Dei. Essa é a nossa identidade mais profunda. Portanto, viver em alinhamento com a imago Dei é a nossa única opção de humanidade, só assim a vida tem sentido. Viver cumprindo as finalidades segundo as quais fomos criados é o nosso desafio, ou seja, realizar os propósitos inerentes ao facto de sermos imagem e semelhança de Deus. Com isto em mente, podemos tentar responder àquelas 4 perguntas básicas:

Onde está Deus? A dimensão espiritual dessa imago Dei faz dos seres humanos os únicos capazes de interagir com o divino. Isto implica desenvolver um relacionamento pessoal, afectivo e eterno, com Deus, nosso Criador., relacionamento entre Pai e filho, no caso um Pai perfeito e amoroso.

Dostoyevsky disse carregar no coração um vazio do tamanho de Deus ao ponto de ficar a repetir a oração de Agostinho: “Ó Deus, inquieto bate o meu coração enquanto não descansar em Ti.”

Talvez o seu coração também esteja inquieto, insatisfeito e anseia por algo que você nem mesmo consegue definir. Na verdade seu anseio maior é por Deus. Todo ser humano anseia por retornar ao seu Criador, que por sua vez demonstrou todo o Seu amor ao dar Sua vida na cruz no nosso lugar, para abrir-nos a porta da salvação. Por isso Ele, Jesus, afirmou ser o Caminho, a Verdade e a Vida. Não há atalhos para conhecer a Deus. Eu e o Pai somos um, afirmou Jesus. É dele que a humanidade precisa.

Onde está Deus? Nossa resposta é: olhe para Jesus. Humildemente reconheça que precisa dEle. Não temos uma religião para lhe recomendar, mas apontamos sim para o relacionamento pessoal com Jesus Cristo, Senhor e Salvador da humanidade, único intermediário entre Deus e os homens. A situação em que a humanidade vive é diferente, experimenta muitas evoluções e mudanças ao longo do tempo, mas no seu interior o ser humano de qualquer época só pode encontrar razão de existir em Jesus Cristo, não o símbolo religioso vulgarizado de Jesus, mas sim aquele que morreu e ressuscitou para que encontrássemos vida. Ele está vivo e está aqui. É uma questão de fé. Decida seguí-Lo, hoje.

Todos os que já reconheceram seu afastamento de Deus e tomaram esta decisão pessoal e voluntária de seguir a Jesus, que é a decisão mais importante da vida, afirmam ter encontrado a segurança e a paz que só Ele pode dar, mesmo no mundo atribulado em que vivemos.

Que tipo de pessoa eu me tornei? A dimensão pessoal da imago Dei leva-nos a crescer e faz do ser humano o único a compartilhar dos atributos ou qualidades pessoais de Deus. O estágio final desse crescimento pessoal é a conformação à pessoa de Cristo: ser como Cristo. A Bíblia afirma que em Cristo nós somos novas criaturas. Somos transformados dia após dia por Ele, ao decidirmos seguí-Lo. Assim, quanto mais relacionamo-nos com o Deus presente em nossa vida, mais parecidos com Ele nos tornaremos.

Um amigo disse-me a este respeito: “Quando eu olho para trás eu noto o quanto Deus já fez em mim, tornando-me uma pessoa melhor, mais gentil; um marido melhor, mais compreensivo; um pai melhor, mais presente; um cidadão melhor, mais responsável; um amigo melhor, mais sincero. Apesar disso, quando eu olho para as minhas muitas imperfeições nestas áreas, eu vejo que estou ainda muito longe de ser como Cristo, e posso então notar o quanto ainda falta ser transformado na minha existência, e isso dá-me a noção do quanto Ele continuará ocupado comigo.”

Max Lucado escreveu que Deus ama-nos do jeito que nós somos, mas Ele recusa-se a deixar-nos do jeito que estamos!

Ele tem poder para perdoar e transformar tanto o pior quanto o melhor indivíduo. Ambos precisam de Deus. Portanto, não confie em seus próprios méritos ou esforços. O que vale é o que Ele fez na cruz!

Onde estão as pessoas que eu amo e que me amam? A dimensão relacional da imago Dei faz do ser humano o único a compartilhar da realidade relacional da identidade divina: Deus é Três (mistério), Pai; Filho e Espírito Santo, os quais relacionam-se com respeito e profundo afecto. Portanto, como imagem de Deus, somos também seres relacionais. A essência do pecado é a ruptura relacional, tanto com Deus quanto com o próximo.

O propósito de conviver implica desenvolver plenamente vínculos de amor e de afecto. Significa deixarmos de ser individualistas, a deixarmos de olhar apenas para o próprio umbigo, mas sairmos da solidão e desenvolvermos amizades fortes e relacionamentos saudáveis, mantidos pelo amor incondicional e sacrificial de Deus que capacita-nos a perdoar as falhas do outro sempre que necessário, para que o outro continue a fazer parte da nossa existência. Da mesma forma o outro poderá perdoar os nossos erros, os quais humildemente devemos reconhecer. Ou seja, o perdão é fundamental, pois somos imperfeitos. Sem o perdão a convivência genuína é impossível. Podemos perdoar assim como Ele, na cruz, graciosamente nos perdoou! Igualmente, nós amamos porque Ele nos amou primeiro, diz a Bíblia.

Na verdade, temos imensa dificuldade em relacionarmo-nos uns com os outros. A maioria dos nossos relacionamentos são funcionais, de interesse, que também são necessários e importantes, mas não são suficientes, pois não chegam ao coração. Somos completos ao desenvolvermos relacionamentos profundos, e nesse campo todos nós enfrentamos alguma dificuldade.

Esta crise relacional reflecte-se na família. Esta é a maior crise do mundo ocidental: a crise familiar, com um numero crescente de famílias desfeitas, com um grau assustador de violência domestica e muito mais. Nesse aspecto, nossa igreja tem projectos específicos para fortalecer as famílias, ideia de Deus e a base de tudo na nossa sociedade, e que precisa ser protegida de forma sistemática, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os Encontros de Casais com Cristo e outras iniciativas já em prática vão nesta direcção.

Tanto mais o ser humano será um reflexo da imagem de Deus quanto mais desenvolver essa unidade com o próximo e com Deus.

Como estão nossos relacionamentos? Como está nossa vida familiar? Temos amigos?

Qual foi a minha contribuição para o bem da raça humana? A dimensão criativa da imago Dei faz do ser humano o único a compartilhar com Deus o domínio sobre todo o Universo. Após ter criado todas as coisas, Deus delegou ao homem o domínio sobre a criação. Isso implica cooperar com Deus para colocar ordem no caos e manter o caos em ordem. Deus é criativo e activo e, portanto, o ser humano, feito à Sua imagem, também actua criativamente transformando o mundo, na perspectiva do Reino de Deus.

Nesse sentido é que nossa igreja deseja cada vez mais, e dentro de suas possibilidades, estar envolvida nos assuntos de interesse da comunidade local e não só, estando disposta a continuar a servir os sesimbrenses nas suas necessidades, buscando a transformação das realidades injustas ou indignas através de um esforço no uso de seus dons e talentos, em parceria com outras entidades locais, públicas ou privadas. Reconhecemos nossas limitações de toda natureza, mas queremos dar e fazer o nosso melhor.

Assim, por exemplo, desenvolvemos alguns trabalhos sociais, como a distribuição de alimentos em Sesimbra, ou como o apadrinhamento de crianças carenciadas em Moçambique, porém penso que vale hoje destacar nosso envolvimento no Fórum Sesimbra, onde juntamente com as forças vivas da sociedade local lutamos por um Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida mais justo, que considere o homem como parte integrante da natureza e como tal possa dela desfrutar de maneira equilibrada e sustentável.

Posso também falar um pouco do trabalho realizado por equipas evangélicas que conheço, e que atendem toxicodependentes em situações críticas extremas, abandonados à própria sorte, dentre os quais muitos estão hoje recuperados ou no processo de recuperação, livres da droga e cheios de Deus.

Podemos e devemos sim continuar a cooperar com Deus de todas as maneiras possíveis para o bem da raça humana, para um mundo melhor e mais justo para todos, tendo em mente que qualidade de vida começa em Jesus Cristo, conforme João 10:10.

CONCLUSÃO: Portanto, a imagem de Deus no ser humano possui pelo menos quatro dimensões fundamentais, interligadas entre si: espiritual, pessoal, relacional e criativa. Espiritual, porque Deus é Espírito. Pessoal, porque Deus é Pessoa. Relacional, porque Deus é plural. Criativa, porque Deus delegou sua autoridade para que o homem exerça domínio sobre o restante da criação. É a redescoberta desta imagem de Deus em nosso ser que possibilita começarmos a responder hoje aquelas 4 perguntas essenciais a qualquer pessoa.

Na comemoração do nosso 75º aniversário em Sesimbra, reiteramos nossa disposição em colaborar com os sesimbrenses (e não só) nestes aspectos mencionados, de maneira que cada pessoa possa ter um encontro pessoal com Deus, consigo mesmo, com o próximo e esteja disposto a servir para o bem da humanidade. O evangelho é simples, e é para todos. Por ele passa o renascer dos sonhos, da esperança, da razão de viver.

Este é o nosso compromisso, que renovamos hoje neste local histórico, neste momento histórico. Que o Espirito do Senhor nos conduza e fortaleça, para juntos continuarmos a escrever a história. Muito obrigado. (AR)

3 Comments:

Blogger Vitor Mota said...

Excelente reflexão para todos os cristãos. Parabéns à vossa Igreja e que continue a ser uma luz bem forte em Sesimbra.

segunda-feira, novembro 14, 2005 12:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns à toda igreja pela organização da belae inesquecível festa.
A chuva não atrapalhou, ela trouxe mais aconchego e doação de cada um.
Tudo muito lindo.
Excelente palavra do pr. Rodolpho.
Tocante as homenagens.
Deus foi glorificado.
Sidnei

quinta-feira, novembro 17, 2005 8:14:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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