AB SESIMBRA

Existimos para glorificar a Deus, fazendo discípulos de Jesus Cristo de todas as Nações, até que Ele volte.

segunda-feira, setembro 25, 2006

As conspirações e o exílio da verdade!

"Em 2003 e 2005, a área ardida em Portugal foi muito acima dos 300 mil hectares, quando em todos os outros anos, incluindo o actual, nunca chegou aos 200 mil. Quem tinha motivo, meios e oportunidade para isto? Salta à vista que os dois anos referidos antecedem e sucedem o Governo de Pedro Santana Lopes. Este antigo autarca tem naturais relações privilegiadas com bombeiros e pessoal florestal e viu no seu mandato arderem menos de 130 mil hectares. Estudos dizem que só cerca de 20% dos fogos são de origem criminosa. Mas é aí que entra o LENS.
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O que é o LENS? O European Laboratory for Non-linear Spectroscopy é um dos mais respeitados laboratórios europeus, com a mais avançada tecnologia laser no mundo. Naturalmente, os lasers são uma forma excelente de criar fogo sem deixar pistas. Esta tecnologia de ponta situa-se na universidade de Florença, Itália, que à data dos fogos era governada por Silvio Berlusconi, grande amigo de Santana Lopes. Múltiplas testemunhas viram carrinhas azuis, cor simbólica do LENS, perto das matas a arder, mas as autoridades ignoraram e os jornais silenciaram essas informações."
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Os dois parágrafos anteriores podem parecer a alguns um chorrilho de disparates, por uma simples razão: são mesmo!
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Os factos são verdadeiros e os dados, reais, mas a composição é tolice, manipulação, calúnia. Ela foi concebida num estilo hoje florescente que, à falta de melhor, se pode denominar "teoria da conspiração". Partindo de um acontecimento perturbador, insinuam-se suspeitas, esboçam-se relações sugestivas, aduzem-se aspectos reais mas laterais, contrói-se um edifício atraente de meias verdades, deduções deficientes, teorias possíveis. O resultado é infâmia.
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Um importante exemplo recente é o documentário Loose Change, de Dylan Avery (2005), há pouco transmitido na RTP, que culpa a Administração americana pelos atentados de 11 de Setembro de 2001. As supostas provas seguem-se a uma velocidade espantosa, garantindo que nenhuma é vista em detalhe. O espectador fica esmagado pela quantidade, sem pensar na qualidade. Nenhuma referência válida é fornecida, a não ser em elementos espúrios. A imaginação domina. Sobretudo nunca se aplica à própria tese o mesmo tipo de crítica usado na versão oficial. Será credível que centenas de pessoas envolvidas em tão horrenda conspiração ficassem caladas? Algum presidente arriscaria tal barbaridade?
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O estilo hoje tornou-se profissional.
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Os realizadores Michael Moore, em obras como Roger & Me (1989) sobre a General Motors e Fahrenheit 9/11 (2004) também sobre o 11 de Setembro, e Robert Greenwald em Wal-Mart: The High Cost of Low Price (2005), apresentam como reportagem rigorosa a mais descarada manipulação. Em alguns casos a coisa fica caricata. Morgan Spurlock em Super Size Me (2005) faz-se cobaia, comendo um mês apenas nos restaurantes McDonalds. O filme, que inclui exames médicos detalhados e lágrimas dos familiares, consegue provar o que todos já sabemos: que se se comer à bruta sempre a mesma coisa fica-se gordo e mal-disposto.
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Neste processo nada há sagrado. O livro O Sangue de Cristo e o Santo Graal de M. Baigent, R. Leigh e H. Lincoln (1982, Livros do Brasil) aplicou a abordagem a Jesus e lançou uma indústria, de que O Código Da Vinci de Dan Brown (2003, Bertrand) é o caso mais famoso. Também os canais de divulgação científica, como Discovery, Odisseia e História, têm abandonado o rigor divertido dos seus inícios para usarem a sua reputação em especulações mirabolantes ou mesmo desonestas. No entanto, o reino por excelência deste tipo de intervenção são os blogs. Essa curiosa realidade, que democratizou a informação e o debate, fez também explodir o disparate, o mau gosto, a maledicência.
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A peça fundamental do estilo é o ódio. Qualquer dessas histórias centra-se sempre em alguém que se detesta. Os adeptos querem mesmo acreditar o pior de Bush, Santana Lopes, da GM ou da Igreja. Por isso, mais do que confiar na tese, eles proclamam a sua fúria e assim tornam-se fanáticos. Quanto mais louca for a teoria, maior o fervor. A raiva, não a lógica, é o cimento que mantém o edifício.
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Mas o problema vai mais fundo. O fenómeno das "teorias da conspiração" manifesta o exílio da verdade. Após duvidar da existência da Verdade absoluta, o Ocidente agora não sabe em quem confiar. A coisa, por enquanto, ainda se limita a ociosos amantes de emoções fortes. Mas é já muito mais destruidora que os fogos florestais. (João César das Neves, in DN 25.9.2006)

sábado, setembro 23, 2006

A importância da restauração da alma!

"Aquilo que desconhecemos a nosso próprio respeito tem o poder de controlar e condicionar toda a nossa vida, inclusivamente o nosso relacionamento com Deus e com os outros. Eu só vim ter plena consciência, com 50 anos de idade, que a minha vida girava em torno de desesperadamente tentar agradar o meu pai... Após a morte dele, automáticamente eu transferí esta necessidade interior totalmente para outros relacionamentos. Ser ajudada a identificar e a gerir este desvio de minha alma trouxe cura e libertação à minha existência." (Cid Storrs)

quarta-feira, setembro 06, 2006

Que futuro?

O encerramento de maternidades e escolas em Portugal é um erro estratégico e indica o "começo do fim" do futuro do País!

(Hoje o DN traz a notícia do protesto da população de Mirandela contra o encerramento da maternidade local. E traz também a informação que 40 Concelhos perdem mais da metade das escolas do 1º ciclo.)