AB SESIMBRA

Existimos para glorificar a Deus, fazendo discípulos de Jesus Cristo de todas as Nações, até que Ele volte.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

2005... 2006.


Neste último ano
vi a dor tocar fundo meu coração
vi a vida se desvanecer efémera
vi lágrimas rolar sem consolo
vi que o tempo não para a dor,
não pede passagem
deixa marcas na cara, nas mãos
na alma.
Neste último ano vi passarem os dias.
Vi aos poucos a alegria de volta.
Vi que o ser humano não é apenas o ajuntamento de células,
mas também é fruto de puro amor.
Vi também meus olhos desenhados no pequeno rosto de outro alguém,
a cor da minha pele, o sorriso...
Neste último ano vi que a dor se cura com fé,
mas não fé naquilo que nos é dado, porque afinal tudo é efemero,
mas fé em quem Deus é, porque isto sim é eterno...

Neste último ano vi Deus renovar-me a esperança,
as convicções, as certezas...
Vi o Senhor tocar minha vida, minha alma, e aos poucos reconstruir...
Vi meus queridos bem próximos, acolhendo, amando, fazendo-me viver.
Vi ainda alguns sonhos tornarem-se reais,
e descobri que sonhar é possível
mesmo que alguns sonhos tenham ainda que esperar.
E de repente dei-me conta que mais um ano se foi
dias bons e menos bons se passaram
Meu coração bate forte no peito
Os olhos se enchem de lágrimas
Tenho saudades!
Olho para frente, respiro fundo
Não faço planos
Espero...
O Novo Ano que está a chegar!
Arlete Castro

sábado, dezembro 24, 2005

FELIZ NATAL...

Noite de Natal

Minha alma te busca intensamente, oh Senhor,
no entanto, se distrai e divaga no meio de tantas luzes,
tantas comidas, tantos presentes.

Meu coração te louva ó Filho de Deus,
no entanto, se dispersa e se excita
no meio de tanta música, tantos cartões, tantos telefonemas.

Meu corpo quer espairecer e relaxar diante da manjedoura,
no entanto, se agita e se estressa
no meio de tantas urgências e correrias de última hora.

Meu ser te busca, quer a tua presença e a tua intimidade,
no entanto, te encontro para te perder.
Diante de ti minha lógica racional humana se desvanece,
quanto mais perto de ti, mais longe de ti,
quanto mais te conheço, mas te percebo como mistério insondável.
E assim vivo na saudade de ti.

O Natal se aproxima e te sinto tão distante,
Não te encontro na vitrines decoradas ou na cidade iluminada,
muito menos nas correrias e nas urgências,
para não falar do transito lento e irritante,
das tantas contas para pagar,
da saudade dos queridos
e de tantos outros compromissos.

Tu não pareces estar tampouco
no rosto sujo da criança que me para no sinal de transito,
nos mendigos tomando cachaça na praça,
nos meus sentimentos de culpa e impotência face a tanta injustiça
.

O natal se aproxima e minha alma te busca intensamente, oh Senhor,
meu coração te louva e
meu corpo quer espairecer e relaxar diante da manjedoura.

Num estábulo, tu és recém nascido, paradoxalmente Deus frágil
nesta noite de natal quando tu te mostras gentilmente, simplesmente
plenitude de Deus, Emanuel Deus conosco, tão próximo de nós.

Tu és o Deus encarnado, no tempo do Natal, no espaço da manjedoura.
Já é meia noite, estou com minha família, fogos espoucam no ar,
Há dois milênios anos atrás tu nascias,
tu entravas na história humana,
cheio de graça como unigênito do Pai.

Natal ...
Tu te revelas como por uma pequena fresta,
e esta tênue lamina de luz
já basta para me aquecer e me iluminar.

Já não te busco, já não me distraio, nem divago.
Tampouco me agito ou me estresso.
Já não te espero, já não te louvo simplesmente sou,
simplesmente estou quieto e sereno
diante do mistério da tua encarnação.


Et incarnatus est de Spiritu Sancto ex Maria Virgine et homo factus.
(E se encarnou do Espírito Santo de dentro da Virgem Maria e se fez homem)



Osmar Ludovico da Silva

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Curiosidade: os judeus e as músicas de Natal.

Judeus que escreveram canções de Natal

Os judeus não celebram o Natal nem acreditam na divindade de Jesus Cristo, cujo nascimento é celebrado pelos cristãos a 25 de Dezembro. Mas, paradoxalmente, não deixa de ser irónico que as mais populares canções de Natal tenham sido escritas e compostas por judeus.

A maior parte delas vêm dos Estados Unidos, o país onde, tal como hoje o conhecemos, o Natal foi inventado, na cidade de Nova Iorque ao virar de 1900.Mas tudo começara do outro lado do Atlântico, em meados do século XIX, quando um judeu francês, Adolphe Adam, o compositor do ballet Giselle, escreve Cantique De Noël, também conhecida em inglês como O Holy Night, ainda hoje considerado o hino por excelência do Natal.Em 1940, Irving Berlin (cujo nome verdadeiro era Israel Isidore Baline), um talentoso judeu russo nascido na Sibéria e emigrado em Nova Iorque, compôs aquela que seria a canção de Natal responsável por moldar o imaginário natalício da América – White Christmas, cantada 14 anos mais tarde no musical homónimo pela voz de Bing Crosby.

Musicais da Broadway e o cinema vieram popularizar inúmeras canções de Natal escritas por músicos judeus, entre elas Rudolph the Red Nosed Reindeer, Holly Jolly Christmas e Rockin’ Around The Christmas Tree de Johnny Marks; Let It Snow, Let It Snow, Let It Snow, de Sammy Cahn e Jule Styne; Silver Bells de Jay Livingston e Ray Evans; The Christmas Song (Chestnuts Roasting On An Open Fire), de Mel Tormé.

Apesar de serem das mais conhecidas canções de Natal, as composições natalícias escritas por judeus tendem a ser “laicas” e “seculares”, preferindo celebrar aspectos desta tradição cristã que nada têm a ver com religião propriamente dita, como a reunião das famílias, os presentes e o aconchego a que convida uma manhã nevada de Inverno.

Com votos de Festas Felizes, aqui fica um lote de presentes do blog Rua da Judiaria…

Para ouvir basta clicar:

Placido Domingo - Cantique De Noël - (Adolphe Adam)

Bing Crosby - White Christmas (Irving Berlin)

Burl Ives - Holly Jolly Christmas (Johnny Marks)

Brenda Lee - Rockin’ Around The Christmas Tree (Johnny Marks)

Diana Krall - Let It Snow (Sammy Cahn and Jule Styne)

Perry Como - Silver Bells (Jay Livingston and Ray Evans)

Nat King Cole - The Christmas Song (Chestnuts Roasting On An Open Fire) (Mel Torme)

Ella Fitzgerald - Rudolph The Red-Nosed Reindeer (Johnny Marks)

domingo, dezembro 18, 2005

Amar o que é mortal


"Era uma vez um jovem que morava numa grande cidade. Todas as noites ele ia ao mesmo restaurante e sentava-se à mesma mesa. Sentia-se muito só. Um dia encontrou uma linda rosa em sua mesa, e um sentimento de ternura subiu-lhe ao coração.
** Voltou ali dia após dia e olhou para aquela rosa durante suas refeições. Às vezes, estava triste, às vezes estava feliz, às vezes indiferente, ou zangado. Embora o seu humor fosse diferente cada vez, percebeu que a rosa permanecia igual. Ele não podia entender.
** E então, muito suavemente, tocou a rosa, o que não ousara fazer antes. Quando sentiu as rijas bordas das folhas, percebeu, de repente, que a linda rosa não vivia. Era artificial. E o jovem levantou-se irado, arrancou-a daquele vaso seco e esmagou-a entre seus dedos. Então, chorou e sentiu-se mais só do que nunca.
** Não somos feitos para amar coisas imortais. Só o que é insubstituível, único e mortal pode tocar nossa mais profunda sensibilidade humana e ser uma fonte de esperança e consolação. Deus só se tornou passível de ser amado quando se tornou mortal. Tornou-se nosso Salvador porque a Sua mortalidade não foi fatal, mas, sim, o caminho da esperança." (Henri Nouwen)

quarta-feira, dezembro 14, 2005

ballet divino...


"MUDASTE O MEU PRANTO EM DANÇA"...
(Salmo 30:11a)

domingo, dezembro 11, 2005

Mordomos fiéis...


* Neste domingo o Pr. Pierre Cuche fez-nos reflectir em profundidade sobre o texto escrito por Paulo aos Filipenses, cap. 4:10 a 23, apontando a suficiência de Cristo para o nosso viver, o aprender a estar contente em toda e qualquer situação bem como a nossa responsabilidade em gerir bem os recursos que o Senhor, dono de tudo, confiou a nós.
* Ressaltou ainda a necessidade de maior atenção para o tema, especialmente nestes tempos de crise económica, de previsão de gastos acrescidos na quadra do Natal, sobre os quais devemos pensar e repensar face às dificuldades em suprir financeiramente os projectos que o Senhor quer que desenvolvamos.

* Assim, aproveito para re-editar a seguir material sobre este importante assunto, publicado neste blog em 20 de Outubro passado:

***COFRES...

** Alguns trechos escritos por Ed René Kivitz e também por outros autores nos trazem uma excelente matéria para reflexão e avaliação da nossa perspectiva com relação ao dinheiro.
** A maneira como lidamos com o dinheiro determina "quem é o dono de quem", como diria o poeta. Jesus mostrou dois caminhos possíveis: ser escravo do dinheiro e ser súdito do Reino de Deus. Não dá para ser-fazer as duas coisas. E uma coisa é certa: o dinheiro é um deus que reivindica lealdade absoluta. É chamado de Mamom, um deus, o que surpreende muita gente, pois desfaz a noção de que o dinheiro é neutro. Está enganado aquele que pensa que o dinheiro não é bom nem mau e que mau é o amor ao dinheiro. Na verdade, o dinheiro tem a capacidade de aprisionar o coração, "pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração." Por essa razão Jesus recomendou que o dinheiro fosse colocado no céu, pois somente lá não apenas ele estará seguro, como também nós estaremos seguros em relação a ele.
** John Wesley, fundador do Metodismo, disse que tão logo o dinheiro chegava a seu bolso, ele dava um jeito de livrar-se dele, para que o dinheiro não encontrasse o caminho do seu coração. Acho que "livrar-se do dinheiro" é uma possível tradução para "ajuntar tesouros no céu."
** A melhor síntese da sabedoria que deve determinar nossa relação com as riquezas e tesouros foi feita por Viv Grigg, em seu imperdível livro Servos entre os pobres: "Ganhe muito, gaste pouco, não acumule nada, doe generosamente e viva tranquilo." Em outras palavras, quem precisa de muito para viver e/ou quem usa o que tem apenas consigo mesmo, ainda não aprendeu a viver. E não sabe lidar com riquezas.
** Patrick Morley escreveu que é possível conhecer profundamente uma pessoa apenas através da análise do como ela lida com o seu tempo e com o seu dinheiro. Que o Senhor que conhece os nossos corações nos ajude nesse assunto tão importante. Tão importante ao ponto de Jesus em Sua Palavra falar mais sobre dinheiro do que sobre a oração, por considerá-lo um perigoso rival: "é impossível servir a dois senhores."
** Que possamos adoptar integralmente a perspectiva financeira do nosso bondoso Senhor. AR

quinta-feira, dezembro 08, 2005

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Pão ...+ presunto e queijo e ...


Neste domingo meditamos sobre a suficiência de Jesus na vida dos crentes, aqueles que já acreditam na suficiência dEle para a salvação. Nesse sentido, sendo Jesus o pão da vida, a pergunta que fica para cada um reflectir é se, como seguidores de Jesus, estamos satisfeitos só com o pão ou se ainda precisamos manter ou adicionar ou desejar outros "ingredientes", ao gosto e vontade de cada um...
Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede." (João 6:35)

sábado, dezembro 03, 2005

Ele nasceu para morrer!

Em 1 Corintios 11:23-26 Jesus orienta a celebrarmos e a anunciarmos a Sua morte todas as vezes que fizermos uma "refeição" com os amigos-irmãos. Estar à volta da mesa é uma oportunidade para, com gratidão e alegria, relembrarmos e fortalecermos a comunhão uns com os outros e acima de tudo com o Amigo que deu a vida por nós . Até que Ele volte!

Fomos comprados - o preço da libertação está pago!

Prostados diante do Cordeiro os 4 seres viventes e os 24 anciãos cantavam:

"Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituiste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra." (Apocalipse 5:9,10).

A seguir, milhares de milhares e milhões de milhões de anjos juntaram-se aos seres viventes e aos anciãos e cantavam em alta voz:

"Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor." (Apocalipse 5:12).

Depois todas as criaturas existentes no céu, na terra e no mar, e tudo o que neles há, diziam:

"Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre!" (Apocalipse 5:13).

E os 4 seres viventes disseram "Amém", e os anciãos prostaram-se e O adoraram.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Relembrar o Natal...

NOITE DE NATAL

Era noite escura.
Havia vento, frio, e o luar de testemunho.
As estrelas brilhavam comovidas,
enquanto eles caminhavam por entre portas fechadas
e por entre hospedarias repletas de gente.
Havia pessoas a volta que olhavam para eles ocupados,
cansados, sem ver...
Ele a protegia, ia aqui e ali,mas a resposta era mesma:
não havia espaço para eles,
ninguém os abrigaria, ninguém os queria ali.
Ele procurou aquece-la, encorajá-la, guardá-la…
Ela sabia que mais não podia,
tinha que ter um lugar,
pois era extraordinário demais, para poder esperar.
Afinal, EMANUEL estava a chegar!
Mas de repente, a compaixão:
Alguém lhes cedeu um lugar
E onde dormiam os animais,
eles puderam se abrigar.
No céu as estrelas brilhavam diferente.
A Lua pareceu parar por instante

O cheiro da palha molhada já não constrangia
os animais estavam em silêncio, reverentes…
Nos olhos da mulher, lágrimas de alegria e cansaço.
No rosto do homem a emoção que não se continha.
Tudo porque naquela noite distante,
na manjedoura aparentemente esquecida,
chegava ao mundo alguém,
muito mais que um menino.
E, enquanto lá fora a cidade dormia,
estrelas e anjos guiavam magos e pastores,
que vinham de longe para ver aquele que quase ninguém sabia,
mas que era a promessa de vida,
era a esperança do povo,
era Deus que se achegava,
na condição de um menino.
Era Deus Connosco, era Jesus o Salvador,
enquanto a cidade continuava a dormir.
E ainda hoje o mundo para o qual Ele veio olha para Ele sem ver.
Ocupados demais, cansados demais…
É a cidade que continua a dormir.

“Eis que vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na cidade de David, o Salvador que é Cristo, o Senhor” Lucas 2:10,11. (Arlete Castro)

Entrevista com José Gil

José Gil, autor de Portugal Hoje: o medo de existir, responde às perguntas da "Grande Reportagem" de 26 de Novembro de 2005:
Portugal tem medo de existir?
De uma meneira geral, os portugueses têm. Mais em certos domínios do que noutros.
Qual o domínio em que têm mais?
Exercício da liberdade individual e cívica.
Três traços da mentalidade portuguesa?
O queixume em relação ao País. A inveja. A tendência à não inscrição, de que falo ao longo do livro.
Os portugueses esperam ainda um D. Sebastião?
Pergunta curiosa... Não há um messianismo activo como, por exemplo, no Brasil. Porém, há qualquer coisa que se dissemina no espírito dos portugueses e que tem a ver com uma espera. Espera-se que aconteça, espera-se que...
Quem espera sempre alcança.
Pois claro, talvez haja ainda um pouco de sebastianismo...
Vivemos numa sociedade mediocrática. Os media substituem a trilogia Fátima, fado e futebol?
Não, não. O futebol continua em força. Há demasiado futebol. As pessoas deviam conversar sobre outras coisas. O futebol veio ocupar o espaço da conversa sobre a vida, sobre o que acontece. Durante o 25 de Abril não havia futebol, só política. Hoje, fala-se demasiado sobre futebol. Os media ocuparam um lugar que não chegou a ser preenchido, o do espaço público real que me parece estilhaçado num arquipélago, há ilhas de discussão, o resto é buraco negro.
O que acha da campanha para a Presidência?
Não corresponde ao que Portugal precisa... Estas duas candidaturas (Cavaco e Soares) não têm abertura com carácter de inovação. É preciso abrir as mentalidades, os espíritos. É preciso que o português se olhe sem complexos.
Portugal conseguirá levantar-se?
Não sei e acho que pouca gente sabe.